Canelite

As queixas mais comuns encontradas nesse quadro são:

• Dor iniciada durante o exercício, localizada na região mais distal da perna (mais próximo ao tornozelo);
• Permanência da dor por todo exercício, melhorando gradualmente após o repouso;

Com o avanço do quadro a dor pode manter-se presente mesmo durante o repouso e piorar com a realização de atividades leves como caminhadas ou ao permanecer longos períodos de pé. 

Esses sintomas podem se confundir com outras patologias, por isso é necessário identificar se também há câimbras, dor em queimação ou alterações de sensibilidade.

A definição exata da causa ainda gera debates na literatura médica. Algumas teorias associam ao aumento de resposta inflamatória devido a tração do periósteo na inserção muscular dos músculos solear, flexor longo dos dedos e tibial posterior. 

O que se sabe com maior exatidão é que há um desequilíbrio entre as micro-lesões geradas pelo exercício e a capacidade do organismo de repará-las.

O principal fator é o aumento da carga de treino sem o devido período de descanso.

Além disso, há relação entre Pé plano, alto índice de massa corpórea (>20), história prévia de Canelite e sexo feminino. 

Há também estudos que correlacionam o aparecimento da patologia à deficiência de vitamina D e/ou cálcio.

O repouso é a primeira etapa do tratamento. Podemos optar por descanso ativo ou repouso absoluto das atividades físicas, a depender da gravidade do caso.

Também oferecemos analgesia conforme os sintomas. É recomendado o uso de compressas de gelo regularmente, ajudando no manejo da dor e na melhora da inflamação local.

Nos casos em que se identifica deficiência de Vitamina D é indicada sua reposição.

O principal ponto do tratamento é prevenir novos episódios. Para isso identificamos quais fatores de risco estão presentes e realizamos suas correções. Além disso, é importante o acompanhamento dos treinos por profissionais capacitados, respeitando-se o equilíbrio entre carga de treino e descanço.